A Polícia Federal prendeu hoje (29) o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ), ex-chefe da Polícia Civil do Rio, suspeito de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção passiva e facilitação ao contrabando. Lins é um dos alvos da Operação Segurança Pública S/A, que conseguiu do Tribunal Regional Federal da 2ª Região sete mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.
De acordo com a assessoria da Polícia Federal, além de expedir os mandados, a Justiça também aceitou denúncia contra o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB-RJ) pelo crime de formação de quadrilha armada. Lins comandou a Polícia Civil nas gestões de Garotinho e da mulher dele, Rosinha Garotinho (PMDB). A denúncia foi proposta pelo Ministério Público Federal.
Os policiais realizaram busca por duas horas no apartamento do deputado estadual em Copacabana. Ele foi preso em flagrante delito e transferido para a sede da Superintendência da PF no Rio. No entendimento da Polícia Federal, Álvaro Lins está em crime permanente de lavagem de dinheiro por morar em apartamento comprado com verba suspeita.
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Segundo a PF, as ações de hoje são desdobramento da Operação Gladiador, realizada em 2006, quando 28 bingos foram fechados e 4,8 mil máquinas caça-níqueis, apreendidas. O ex-chefe da Polícia Civil foi acusado de acobertar contraventores da jogatina. Na época, a Justiça negou o pedido de prisão de Lins, que acabara de ser diplomado deputado estadual. (Edson Sardinha)
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