Na luta por um reajuste salarial de 60%, policiais federais de todo o Brasil paralisaram as atividades nesta quarta-feira. Eles querem que o aumento seja concedido em duas vezes. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), apenas a PF do Rio de Janeiro não aderiu à paralisação.
O governo apresentou ontem uma proposta à PF, mas não houve acordo. Segundo informou o presidente da Fenapef, Francisco Carlos Garisto, uma nova rodada de negociação está marcada para amanhã.
O principal reflexo da paralisação é a interrupção na emissão de passaportes e na fiscalização feita pela PF nos aeroportos. Garisto não soube informar quantos passaportes são emitidos, diariamente, no país, mas disse que só em São Paulo, a polícia emite 1.200 e, em Brasília, 400, por dia.
Garisto informou que há policiais nos aeroportos, nos departamentos anti-seqüestro. A carceragem das unidades da polícia também deve funcionar em alguns Estados durante o protesto.
"Não somos irresponsáveis, mas um documento com o compromisso de nos dar o reajuste foi desrespeitado", afirmou Garisto.
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Segundo o presidente da Fenapef, há 14.000 policiais na ativa. Por conta da legislação, o governo tem até o dia 30 para dar o aumento. O Ministério da Justiça ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.