Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo diz que a Polícia Federal ofereceu o benefício da delação premiada a Fernando Ribas, sócio-proprietário da Vicatur, casa de câmbio da Baixada Fluminense que mobilizou laranjas para repassar US$ 109,8 mil aos quadros do PT envolvidos na tentativa de compra do dossiê Vedoin. O valor representa menos da metade do total em dólares – US$ 248,8 mil – apreendidos com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, negociadores do dossiê contra os tucanos.
Apesar da oferta de uma pena mais branda, em caso de condenação, o doleiro resiste, em nome do pacto de silêncio que marca as atividades do mercado negro da moeda americana, diz a matéria de Fausto Macedo.
"A proposta foi feita na semana passada, em conversa com policiais que antecedeu o seu indiciamento. A PF o acusa de crime contra o sistema financeiro – operações fraudulentas de câmbio. A colaboração pode ser negociada em qualquer fase da apuração."
A polícia já dispõe de dados sobre quem fez a encomenda dessa parte da bolada de R$ 1,75 milhão que o PT juntou para adquirir o material contra tucanos. A suspeita cai sobre um petista histórico, que trabalha em Brasília. Sem provas, propôs a delação premiada e, simultaneamente, formalizou pedido à Justiça para quebra do sigilo telefônico da Vicatur e de seus controladores, diz o Estadão.
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A PF tem pouco mais de três semanas para encerrar a investigação. Os policiais federais investigam mais quatro casas de câmbio como possíveis fornecedoras do segundo lote de dólares (US$ 139 mil). A PF obteve na Justiça autorização para abrir o sigilo de operações de câmbio dessas instituições. Os documentos estão sendo analisados pelos investigadores.
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