A Polícia Federal (PF) negou ontem que tenha encaminhado à Justiça Federal pedido para a quebra do sigilo telefônico do presidente licenciado do PT Ricardo Berzoini (SP). O deputado é um dos acusados de envolvimento no escândalo da compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB). No fim de semana, os jornais noticiaram que a Justiça Federal havia autorizado a quebra do sigilo telefônico do deputado paulista, ex-coordenador da campanha de Lula.
A PF também informou ontem que ouvirá novamente o ex-assessor da campanha do candidato do PT ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, no inquérito sobre a suposta compra de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias. A polícia pretende marcar o novo depoimento ainda nesta semana.
Além de Lacerda, também deverão ser intimados a depor o advogado Gedimar Pereira Passos, o empresário Valdebran Padilha da Silva, o ex-analista de mídia e risco da campanha à reeleição Jorge Lorenzetti e o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso.
A convocação do ex-assessor especial de Lula Freud Godoy ainda não foi confirmada.
CPI ouvirá Valdebran, Gedimar e Lorenzetti
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A CPI dos Sanguessugas ouvirá hoje, às 14h, os depoimentos do empresário Valdebran Carlos Padilha da Silva, do advogado Gedimar Pereira Passos e do ex-analista de mídia e risco da campanha à reeleição do presidente Lula Jorge Lorenzetti.
Valdebran e Gedimar foram presos pela Polícia Federal (PF) em São Paulo, no dia 15 de setembro, com R$ 1,7 milhão que seria usado na compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB).
Dossiê: TSE intimará 20 testemunhas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve começar a intimar esta semana 20 testemunhas do caso da compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB).
"Esta semana vamos receber mais elementos da Polícia Federal. Então, vamos decidir quanto ao prosseguimento do processo, como ouvir as testemunhas apresentadas pelas duas partes ou quaisquer outras pessoas que a corregedoria julgue importantes para concluir as investigações", afirmou o corregedor-geral do tribunal, ministro Cesar Asfor Rocha.
A investigação sobre o dossiê foi requisitada pela coligação Por Um Brasil Decente, do candidato à presidência derrotado Geraldo Alckmin (PSDB). Na representação, os tucanos pedem esclarecimentos sobre uma possível participação do presidente Lula, do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e do presidente licenciado do PT Ricardo Berzoini no esquema.
O TSE já recebeu as defesas por escrito dos três acusados. Entretanto, o ministro descartou a possibilidade de intimar Lula e Bastos para depor.
Apesar disso, afirmou ele, o resultado da eleição presidencial não influenciará o trabalho do tribunal. "O valor perseguido pela Justiça é diferente do perseguido numa campanha eleitoral. Aqui, o princípio é o da legalidade. O nosso apego é de que os processos sejam apreciados tendo em conta os dispositivos constitucionais e legais. O magistrado não pode se deixar influenciar pelos resultados positivos ou negativos dos envolvidos no processo", disse.
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