A Operação Lava Jato investiga empréstimos que chegaram a R$ 518 milhões, realizados entre 2008 a 2012, concedidos a duas empresas do pecuarista José Carlos Bumlai. O juiz responsável pela força-tarefa, Sérgio Moro, ordenou apreensão de todos os documentos relativos aos empréstimos destinados à usina São Fernando Açúcar e Álcool e a São Fernando Energia, administradas pelos filhos de Bumlai. Amigo do ex-presidente Lula, o empresário foi preso na manhã desta terça-feira (24). As informações são de O Globo.
A São Fernando Açúcar e Álcool foi beneficiária de dois empréstimos do BNDES, segundo dados da Receita Federal. O primeiro foi feito em 2008, no valor de R$ 350 milhões. O segundo, em fevereiro de 2009, de R$ 64 milhões. A outra empresa do pecuarista, que registrava apenas sete funcionários, recebeu R$ 104 milhões do BTG Pactual e do Banco do Brasil em julho de 2012.
Em agosto do ano passado, o BNDES ingressou na Justiça com pedido de falência da empresa do setor energético. Segundo a reportagem, o Ministério Público Federal cometeu um erro no despacho apresentado à Justiça ao atribuir o empréstimo realizado em 2009 ao ano de 2005.
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“A investigação ainda é incipiente. Por isso, MP e Receita ainda investigam a legalidade dessas transações”, afirma o procurador do caso, Diogo Castor de Mattos.
O BNDES confirmou que sua sede foi alvo de busca e apreensão da força-tarefa no início desta manhã. A instituição financeira afirmou, por meio de nota, que os investigadores pediram documentos referentes às operações de crédito ligadas às empresas de Bumlai. “Os contatos ocorrem de maneira cordial e profissional, e o BNDES está fornecendo todos os originais, conforme solicitação, e mantendo cópias para seus registros”, escreveu o banco.
O banco ainda disse que todos os procedimentos associados aos empréstimos são legais e que, no entendimento do banco, “não houve qualquer irregularidade nas operações”.