Reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo de hoje (30) revela que a casa de câmbio Disk Line foi quem comprou parte dos US$ 248 mil apreendidos pela Polícia Federal com o advogado Gedimar Passos e o empresário Valdebran Padilha, ambos ligados ao PT. Os dólares faziam parte do dinheiro que seria usado na compra do dossiê contra os candidatos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
As jornalistas Andréa Michael e Sheila D"Amorim explicam na reportagem que os dados do Banco Central repassados à PF apontam a Disk Line como sendo a empresa que adquiriu os dólares das corretoras Action e EBS, com sede em São Paulo.
"O dinheiro negociado por essas corretoras (cerca de US$ 110 mil) fazia parte de um lote de US$ 15 milhões comprado pelo banco Sofisa junto ao Commerzbank de Frankfurt, no dia 15 de agosto", afirmam as jornalista.
Com escritórios em São Paulo e Rio, a Disk Line é do doleiro Marco Antônio Cursini, velho conhecido da Polícia Federal e de procuradores que investigam lavagem de dinheiro.Em entrevista a revista Veja, o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, chegou a dizer que Cursini lhe contara que havia feito remessas de dólares para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em 1993. Bastos negou que tenha enviado dólares ilegalmente ao exterior.
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De acordo com o jornal, o doleiro responde a um processo na Justiça Federal no Paraná por lavagem de dinheiro e remessa ilegal de divisas. "A CPI do Banestado descobriu que ele fez remessas ilegais a partir de Foz de Iguaçu (PR) e identificou uma conta dele no Merchants Bank de Nova York.A Força Tarefa CC5, grupo composto por procuradores e policiais federais, bloqueou US$ 381.187,91 que Cursini tinha em nome da empresa Goldrate no Merchants".
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