O diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, garantiu que as investigações da Operação Satiagraha terão “reforço de efetivo” para continuarem com mais profundidade. Ele negou a acusação do antigo delegado do caso, Protógenes Queiroz, segundo o qual a apuração foi estrangulada por falta de pessoal e de recursos financeiros.
Segundo Corrêa, a Satiagraha vai chegar aos “resultados esperados pela sociedade brasileira”. “A investigação se sucede. E são muitos dados que estão sendo analisados com rigor técnico, mas sem vazamento, e isso dá angústia”, alfinetou o diretor da PF, em audiência da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência, no início da tarde de hoje (17).
O delegado lembrou que eventuais “desvios de conduta” não podem mudar o foco da Operação, que investigou crimes financeiros cometidos pelo grupo Opportunitty, do banqueiro Daniel Dantas. “Os eventuais desvios serão apurados”.
Um dos erros de conduta apontados por advogados e críticos da operação foi o uso de um funcionário aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio no trabalho da PF. Outro seria utilizar servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sem consentimento da direção da polícia.
De acordo com Corrêa, durante sua gestão, Protógenes teve funcionários suficientes para comandar a Satiagraha. Ele disse que o orçamento da investigação foi até superior à média das outras apurações. (Eduardo Militão)
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