Os dois foram presos a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que também solicitou a prisão de Marcello Miller, que atuou como advogado no acordo de leniência da J&F ao deixar o Ministério Público Federal. Mas o pedido em relação a ele foi rejeitado por Edson Fachin. Os policiais buscam documentos e gravações sonegados pelos delatores.
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Em gravações divulgadas na semana passada, Joesley e Saud falam da estratégia de utilizar Miller para tentar se aproximar do procurador-geral da República. Recai contra ele a suspeita de ter atuado na defesa da J&F quando ainda era integrante da força-tarefa da Lava Jato. O procurador diz que a acusação é “fantasiosa” e que jamais fez “jogo duplo”.
Já Joesley e Saud foram presos acusados de omitir informações na delação premiada. Fachin determinou também a suspensão dos benefícios do acordo de colaboração, que previa, entre outras coisas, imunidade penal aos delatores. Os delatores se entregaram ontem à tarde e já estão presos. Eles serão transferidos para Brasília nesta segunda-feira.
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