A Polícia Federal (PF) concluiu nesta semana as investigações do inquérito que tem entre os alvos a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Eles são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema que desviou cerca de R$ 100 milhões. O relatório da PF foi encaminhado ao ministro Dias Toffoli, relator do caso.
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De acordo com a PF, o esquema envolvia um contrato entre o Ministério do Planejamento e uma empresa de gestão de empréstimos consignados à época em que Paulo Bernardo estava no comando da pasta. A contratação da empresa Consist para gerir os empréstimos consignados teria sido direcionada pelo ministério. A PF também aponta que parte dos desvios abasteceu, via caixa dois, a campanha de Gleisi ao governo paranaense, em 2014.
O ex-ministro chegou a ficar preso por seis dias, em junho de 2016, na operação Custo Brasil, desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato. Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal estimam que o esquema de fraudes movimentou cerca de R$ 100 milhões em propinas entre 2010 e 2015. Segundo os investigadores, R$ 7 milhões foram repassados a um escritório de advocacia ligado a Bernardo. Desse total, 80% (cerca de R$ 5,6 milhões) foram transferidos para o ex-ministro, de acordo com a PF.
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