O Supremo Tribunal Federal (STF) deve receber amanhã o relatório com a conclusão da Polícia Federal do inquérito sobre o esquema de distribuição de recursos a partir de empresas do publicitário Marcos Valério para financiar a campanha de políticos ligados ao PSDB de Minas, em 1998.
De acordo com os jornalistas Vannildo Mendes e Sônia Filgueiras, do jornal O Estado de S. Paulo, os investigadores conseguiram detalhar a origem do dinheiro que teria sido utilizado para pagar as campanhas eleitorais, incluindo a do atual senador Eduardo Azeredo, ex-presidente do partido, que naquele ano tentou a reeleição ao governo mineiro.
“Os elementos reunidos pela PF reforçam as evidências de que o dinheiro saiu dos cofres públicos mineiros”, aponta a reportagem. Agora, a Procuradoria da República poderá enquadrar parte dos envolvidos nos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.
As investigações revelaram que, em 1998, Valério fez dois empréstimos no Banco Rural, num total de R$ 11,3 milhões. “O publicitário diz que as transações foram feitas a pedido do então tesoureiro de Azeredo, Cláudio Mourão. A CPI identificou R$ 1,6 milhão em repasses via DOC ou depósitos em dinheiro para 82 políticos ou pessoas ligadas à campanha da coligação tucana naquele ano”, diz a reportagem.
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