Investigada na Operação Acrônimo por suspeita de receber pagamentos via caixa dois para trabalhar em campanhas eleitorais, a Agência Pepper Interativa obteve dinheiro da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e entidades do sistema S como SESI e SENAI. As informações publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo fazem parte de uma quebra de sigilo fiscal do ano de 2013 feita pela Operação Acrônimo, da Polícia Federal.
Os mesmos documentos revelam que a maior fonte de pagamento da Pepper no terceiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff foi de R$ 15 milhões para que a agência trabalhasse nas campanhas do PT. Ainda segundo o jornal, nos dados fiscais entre 2008 e 2010 a Confederação Nacional da Indústria repassou à Pepper R$ 326 mil. As entidades do sistema S são de direito privado, mas administram dinheiro público em razão dos recolhimentos compulsórios.
Delator na Acrônimo, o empresário Benedito de Oliveira Neto acusou o presidente da CNI, Robson Andrade, de pagar R$ 1 milhão via Caixa 2 para a campanha do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). O dinheiro, segundo o depoimento citado pela Folha, teria sido repassado a empresas credoras da campanha do petista. Andrade foi presidente da Federação das Indústrias de Minas e, na sua gestão, contratou a empresa de consultoria P 21, de Pimentel.
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Entidades como o SESI e o SENAI costumam ser dirigidas por indicados pelo governo em negociação com entidades sindicais empresariais e de trabalhadores.
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