O prejuízo estimado para o consumidor pode chegar a R$ 1 bilhão por ano. Só a principal rede investigada vende R$ 1,1 milhão de litros de combustível por dia, um lucro diário de quase R$ 800 mil com o esquema.
Ao todo, 200 policiais federais cumprem 44 mandados de busca e apreensão, 25 conduções coercitivas e sete prisões temporárias em Brasília e nas sedes das duas maiores distribuidoras do país, no Rio de Janeiro.
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De acordo com as investigações, o Sindicombustíveis/DF, que representa os postos de combustíveis do Distrito Federal, servia como porta-voz do cartel e perseguia os proprietários de postos dissidentes. A PF também acusa as principais distribuidoras de estimular a fixação artificial de preços dos combustíveis por meio de seus executivos.
Uma das estratégias do cartel era tornar o etanol (álcool) um combustível economicamente inviável para consumidor, mantendo valor do álcool sempre superior a 70% do preço da gasolina, mesmo durante a safra. A manobra forçava o consumidor a comprar apenas gasolina, o que facilitava o controle de preços e evitava que o etanol fosse vendido a preços competitivos.
Isso fez com que os postos de Brasília cobrassem os maiores preços de gasolina do país, apesar da logística favorável para o transporte do combustível. “De forma simplificada, a cada vez um consumidor enchia o tanque de 50 litros – já que cada litro da gasolina era sobretaxada em aproximadamente 20% – o prejuízo médio era de R$ 35”, exemplificou a PF em nota à imprensa.
PublicidadeCom informações da Polícia Federal