A Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão temporária, 27 de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão pela terceira fase da Operação Carne Fraca. O principal alvo dessa etapa é a BRF Brasil Foods, grupo responsável pelas marcas Sadia, Perdigão, Qualy, entre outras. Batizada de Trapaça, a nova ação da PF cumpre 91 ordens judiciais em cinco estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo. Entre os presos estão o ex-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria e o vice-presidente de Operações Globais da empresa, Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior.
De acordo com as investigações, cinco laboratórios credenciados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e setores de análises do grupo fraudavam resultados de exames em amostras de processo industrial. Dessa forma, informavam dados fictícios em laudos e planilhas técnicos ao Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA), que atesta a qualidade do processo industrial.
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As acusações contra os investigados são de falsidade documental, estelionato qualificado, formação de quadrilha, crimes contra a saúde pública, entre outras.
A primeira etapa da Carne Fraca foi lançada em março de 2017 e investigou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Na época, a operação foi alvo de críticas de autoridades do próprio governo e técnicos do setor, que viram excessos no contingente de policiais envolvidos e nas declarações do delegado responsável pelo caso.
O Conselho de Administração da BR se reúne para decidir se destitui ou não Abílio Diniz de sua presidência. O encontro foi marcado pelos fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Previ, do Banco do Brasil, que controlam 22% das ações da empresa.
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