A Polícia Federal apreendeu ontem (17) urnas eletrônicas falsas que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) afirmou ter encontrado em Londrina (PR) na fazenda do deputado federal José Janene (PP), um dos acusados de envolvimento no esquema do mensalão.
O deputado negou a informação e disse que o MST está “tentando consertar o erro” de uma manifestação sem conotação social.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná ainda não instaurou processo para apurar o caso. No entanto, o órgão adiantou que esse tipo de urna, cuja finalidade seria o treinamento de eleitores, é proibida.
Invasão justificada
O MST ocupou na última sexta-feira (15) a fazenda do ex-líder do PP na Câmara José Janene. De acordo com o movimento, a invasão da propriedade foi motivada pelo fato dela ter sido comprada com dinheiro de “corrupção”. Logo, ela deveria “ser destinada à reforma agrária”.
Janene foi acusado de receber R$ 4,1 milhões das contas do empresário Marcos Valério de Souza, apontado como operador do mensalão. O deputado foi o único dos envolvidos no escândalo que ainda não foi julgado no plenário da Câmara.
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Em nota, o MST informou que “a corrupção na política brasileira estimula articulações no Legislativo e no Executivo, que impedem a realização da reforma agrária e impõem a criminalização dos trabalhadores rurais sem terra”.
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