A Polícia Federal (PF) apreendeu joias em residências de pessoas ligadas a Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama do Rio de Janeiro e esposa do ex-governador Sérgio Cabral. A operação foi realizada na manhã desta sexta-feira (23) e fez buscas na zona Sul do Rio, nas casas de Nusia Ancelmo Mansur e Gilda Maria de Souza Vieira, respectivamente irmã e ex-governanta de Adriana.
A PF tentava encontrar joias “desaparecidas” que teriam sido usadas para lavar dinheiro de propina e que seriam avaliadas em aproximadamente R$ 2 milhões. Segundo informações recebidas pela PF, a ex-governanta de Adriana teria tentado revender duas joias à joalheria Antonio Bernardo e apresentou versões contraditórias sobre a origem das peças.
A suspeita é de que as joias pertenciam à ex-primeira-dama. Nada foi encontrado na casa de Gilda Vieira. A existência de joias valiosas, usadas para lavar dinheiro, foi revelada pelas joalherias H.Stern, que já fez delação, e Antonio Bernardo, que negocia acordo de colaboração premiada. Algumas joias foram encontradas na casa de Nusia. As joias serão periciadas para descobrir se fazem parte da lista de peças “desaparecidas”.
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Adriana Ancelmo cumpre prisão domiciliar e Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado. Cabral ficou em Bangu até o fim de maio, quando foi transferido para Benfica, em ala destinada a presos com nível superior e casos de ausência de pagamento de pensão alimentícia. O local abriga 146 presos. Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo são réus por lavagem de dinheiro em ação penal e, se condenados, as joias serão leiloadas para ressarcir os cofres públicos do Rio.
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