A Polícia Federal encontrou, há três semanas, em São Paulo, uma agenda de propriedade de Natalino Bertim, parceiro de negócios do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula preso pela Operação Lava Jato. O achado está sendo considerado um tesouro, já que os nomes de alguns dos mais importantes políticos da República aparecem associados a valores doados na eleição de 2010. As informações são da revista Veja.
Estão presentes nomes como o do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com R$ 2 milhões; Eduardo Cunha, presidente da Câmara, R$ 1 milhão; do ministro da Comunicação, Edinho Silva (PT), R$ 650 mil; do senador Aloysio Nunes (PSDB), R$ 500.000,00; do senador Ronaldo Caiadol (DEM), R$ 500 mil; da senadora Ana Amélia (PP), R$ 100 mil. As informações são da revista Veja.
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A lista contém mais de 30 nomes. As investigações prosseguem, para ver seos recursos de fato chegaram aos políticos. Em seguida, se as doações estão registradas na Justiça Eleitoral ou se houve o emprego de caixa dois. O empresário registra, na agenda, “valores combinados” com os beneficiários, as parcelas pagas e se os repasses foram “em reais”.
Códigos
Também foi encontrado pela PF uma carta escrita pelo filho de Bumlai, Maurício. O documento, escrito em tópicos e códigos, revela que os Bumlai tinham muita expectativa em relação à presidente Dilma. Após anotar o nome “Dilma”, o filho de Bumlai escreve “Petrobras”, cita a empresa Estre, do banqueiro André Esteves, e duas cifras: R$ 1 bilhão seguido de 25 milhões.
Visto com olhos de 2015, o trecho mostra que Maurício Bumlai, que atuava como representante da Estre, tinha motivos para ser otimista. Envolvida no petrolão, a “Estre” faturou em “2010” e ao longo de todo o primeiro governo “Dilma” quase 1 bilhão de reais em contratos com a “Petrobras”.
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