A Polícia Federal apontou o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci como o mandante da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, segundo divulgou a agência de notícias Reuters. A informação consta em um relatório parcial do inquérito que investiga a violação da conta que o caseiro mantinha na Caixa Econômica Federal.
O documento, que será enviado hoje pela PF à Justiça, aponta o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de Palocci na Fazenda, como co-autores do crime.
O relatório, elaborado pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, indicia o ex-ministro pelos crimes de violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário, prevaricação e denunciação caluniosa. Se condenado, Palocci pode pegar até dez anos de reclusão.
Mattoso também aparece no documento como indicado, pelos crimes de violação de sigilo funcional e quebra de sigilo bancário. Já Marcelo Netto é indiciado por quebra de sigilo bancário.
O relatório parcial da PF tem 61 páginas, sete volumes e foi elaborado com base no depoimento de 31 pessoas. A PF informa, no texto, que ainda não tem informações precisas sobre a origem dos R$ 25 mil que estavam na conta do caseiro quando o sigilo foi quebrado e pede mais um mês para continuar as investigações.
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Nesse período, a polícia espera concluir também outras etapas como a análise da quebra de sigilo telefônico de Marcelo Netto, já pedida à Justiça, e a perícia do computador portátil usado na violação. O suposto pai biológico do caseiro, Eurípedes Soares, deve ser ouvido nessa segunda etapa das investigações para confirmar se foi ele quem depositou o dinheiro na conta de Francenildo.
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