A Polícia Federal anunciou hoje (19) que abriu processo administrativo disciplinar contra o delegado Romero Lucena Menezes, diretor-executivo afastado da corporação. Ele é acusado junto com outras pessoas de advocacia administrativa e tráfico de influência, na Operação Toque de Midas, da própria PF.
Comunicado da instituição diz que a Corregedoria vai “apurar eventuais desvios de conduta” do delegado.
As investigações da Operação Toque de Midas vão continuar a cargo da Superintendência no Amapá.
Os policiais apuram uma fraude na licitação da concessão da ferrovia que liga Serra do Navio (AP) ao porto de Santana (AP), às margens do Rio Amazonas. O trecho é usado para transportar minério. A suspeita é que a MMX, empresa de Eike Batista, tenha sido beneficiada de maneira ilegal na licitação.
O delegado Romero Menezes é acusado de favorecido o irmão, prestador de serviços da MMX. Os investigados “buscavam facilidades” na PF, segundo comunicado da polícia.
Menezes chegou a ser preso na terça-feira (16), mas foi solto na madrugada do dia seguinte, graças a um habeas corpus obtido no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.