Uma auditoria interna iniciada logo após a deflagração da Operação Lava Jato mostra que a Petrobras realizou licitações no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) antes mesmo da conclusão dos projetos básicos que permitiriam estimar os custos das obras. Em um dos casos, o projeto só ficou pronto um ano e meio após a abertura da concorrência. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo a reportagem, a estatal estuda o que fazer para cobrar os prejuízos causados pelas irregularidades constatadas. O relatório, concluído em novembro, indica que as empreiteiras foram favorecidas nas licitações e obtiveram reajustes indevidos no valor dos contratos. “Empresas que não atendiam critérios técnicos e regras definidas pela própria estatal nas licitações foram contratadas mesmo assim”, diz a matéria.
As apurações vão ao encontro do que disse o ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa, que colabora com as investigações em troca da redução da pena. Ele contou à Justiça que executivos pagavam propina a políticos, diretores e funcionários da Petrobras em troca de contratos para tocar grandes empreendimentos da Petrobras, entre eles, o Comperj. A estatal informou que não se manifesta sobre o relatório.
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