O presidente Michel Temer (PMDB) chegou a comemorar, por meio da sua rede social no Twitter, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1% no primeiro trimestre de 2017, em comparação ao último trimestre de 2016, e fechou em R$ 1,6 trilhão em valores correntes. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os indicadores, porém, ainda são preocupantes: no acumulado dos últimos 12 meses, a queda é de 2,3%. “Acabou a recessão! Isso é resultado das medidas que estamos tomando. O Brasil voltou a crescer. E com as reformas vai crescer mais ainda”, disse o presidente na manhã desta quinta-feira, ressaltando que suas reformas trabalhista e previdenciária, motivos de críticas e manifestações por parte da oposição e da sociedade, poderão alavancar o crescimento. Para o IBGE, no entanto, ainda é cedo para dizer que país saiu da recessão.
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Esse ano, ainda conforme o IBGE, o desemprego atingiu a marca recorde de 13,547 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro. É o número mais elevado de desemprego no país desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
No governo, não há muitos motivos para comemorar. Temer foi gravado avalizando o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, a pagar mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha, bem como ouviu do empresário, sem contestar, diversos outros ilícitos de Joesley.
No Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente é investigado por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa. Nas ruas, desde que foi divulgado a gravação de Joesley, Temer vem enfrentando a rejeição popular, com pedido de renúncia e coro pelas Diretas Já, além de manifestações contra suas reformas.
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