Fábio Góis
Das 20h30 às 21h30 deste sábado (28), Rio de Janeiro e Brasília brilharão menos. Mas nada relacionado à incontestável beleza das duas capitais do Brasil. Trata-se do manifesto intitulado Hora do Planeta: durante o horário, o Cristo Redentor e a Esplanada dos Ministérios, dois dos mais belos cartões-postais brasileiros, juntar-se-ão ao protesto em que 88 países apagarão as luzes por uma hora, com o intuito de alertar para as bruscas alterações climáticas em curso – responsáveis pelas catástrofes naturais em todo o mundo.
A mobilização internacional é encabeçada pela organização não-governamental World Wild Fund for Nature (WWF), segundo a Agência Brasil. Esta é a terceira edição da Hora do Planeta – a primeira foi na Austrália, em 2007. Os organizadores e ativistas ecológicos querem chamar a atenção de líderes de todas as nações para o fenômeno do aquecimento global, um dos fenômenos causados por fatores como excesso de consumo de energia elétrica e o desperdício de bens naturais renováveis.
O objetivo é aproveitar o ensejo da rodada definitiva de discussões sobre o novo regime de emissões de gases causadores do efeito estufa (superaquecimento global), a ser realizada em Copenhague (Dinamarca), em dezembro. Na ocasião, 192 estarão reunidos com o fim de elaborar um plano ambiental que substitua o Protocolo de Quito – os Estados Unidos da América, país que responde por 30% do total de emissões nocivas à atmosfera, recusou assinar o tratado nos oito anos de governo George W. Bush, gerando protestos em todo o mundo, inclusive nos EUA.
“O mundo hoje vive uma crise climática, parte de uma crise ambiental, que está relacionada à crise econômica. Essa crise ambiental já está gerando consequências que estamos vendo no nosso dia-a-dia. Queremos solução para um planeta melhor”, exortou o superintendente de Conservação para Programas Regionais do WWF Brasil, Claudio Maretti.
Segundo a Agência Brasil, a Hora do Planeta deve mobilizar cerca de 1 bilhão de pessoas de todos os continentes. Entre os monumentos e paisagens que ficarão no escuro por uma hora hoje estão as Pirâmides do Egito, a Ópera de Sidney (Austrália) e a Torre Eiffel, em Paris (França). Além disso, parte do letreiro da Times Square, famosa praça de Nova York, bem como a o Estádio Olímpico Ninho do Pássaro, palco das Olimpíadas de Pequim (China), economizarão energia durante o ato simbólico.
Além de Rio e Brasília, 77 cidades brasileiras também participam do protesto. De acordo com o WWF Brasil, mais de 600 empresas, ONGs, escolas, bancos, centros comerciais e demais organizações brasileiras se cadastraram no projeto e devem aderir ao ato – o que reuniria os esforços de cerca de 30 milhões de voluntários em todo o país.
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