A decisão da convenção, em tese, impede que Lopes assuma o posto já acertado com Dilma. Mas ele acredita que o diretório nacional pode encontrar uma solução que mantenha o PMDB no governo até as eleições presidenciais de 2018.
Veja a entrevista em vídeo de Mauro Lopes ao Congresso em Foco:
Hoje o partido tem seis ministros – Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Helder Barbalho (Portos) e Eduardo Braga (Minas e Energia). A entrada de Lopes para mais um cargo na Esplanada é uma nova tentativa do governo de reorganizar sua base de apoio parlamentar no Congresso.
O diretório nacional do partido, que em 30 dias vai decidir se a legenda fica ou sai do governo, também vai se manifestar como ficará a situação dos seis ministros da legenda que ocupam pastas importantes no governo Dilma. Confirmada a decisão da convenção no diretório, os ministros peemedebistas que ficarem correrão o risco de expulsão ou de sofrer algum tipo de punição por desobediência a uma decisão da instância máxima da sigla.
Lopes faz parte do setor do PMDB que pretende continuar no governo até o final do mandato de Dilma. Ele acredita que ainda há como a legenda contribuir para a governabilidade e sonhar com a presidência da República em 2018. A maioria dos deputados já se manifestou contra a permanência da legenda no governo. Desse grupo faz parte lideranças como os senadores Roberto Requião (PR) e Jáder Barbalho (PA).
Mauro Lopes vai enfrentar problemas com a sua decisão. Os deputados que defendem a imediata saída do PMDB do governo ameaçam entrar com uma representação na comissão de ética da sigla, alegando que todos devem cumprir as decisões da convenção. “Se ele insistir em ir para o ministério, infelizmente vamos representar contra ele nas instâncias do partido”, avisa o deputado Carlos Marum (MS).
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