Ivan iniciou a sessão ao disponibilizar, no áudio do plenário, fala de Cunha na sessão da CPI da Petrobras de março, quando negou possuir contas no exterior. Na ocasião, o peemedebista disse que compareceria à comissão quantas vezes fossem necessárias. “Sem necessidade de qualquer tipo de requerimento, é só pedir que estarei aqui no mesmo momento para esclarecer qualquer fato”, disse Cunha.
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Ivan então ponderou que este seria momento ideal para requerer a presença de Cunha, já que o parlamentar foi denunciado pelo Ministério Público da Suíça por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Segundo investigação do órgão europeu, o presidente da Câmara e seus familiares são beneficiários finais de duas contas no banco Julius Baer, com cerca de US$ 2,4 milhões depositados.
O deputado do Psol defendeu que Cunha cometeu um crime ao mentir durante interrogatório da CPI. “O deputado Eduardo Cunha mentiu a essa CPI. Mentir na CPI é crime. Por que não podemos aprovar requerimento de convocação do senhor Eduardo Cunha e os de quebra de sigilos dele?”
O relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ), respondeu que aquele não era o local ideal para a discussão. Segundo ele, naquele momento, o mais importante era salvar tempo para ouvir o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, tendo em vista que o Psol já havia protocolado representação por quebra de decoro parlamentar de Cunha no Conselho de Ética da Casa. “O seu partido entrou com representação no local adequado para se debater esta questão de quebra ou não de decoro parlamentar. Por isso, enquanto relator, defendi que nós não tivéssemos que ouvir nenhum dos parlamentares citados porque a Casa tem um local adequado para se debater este tema que é a Comissão de Ética”, disse ele.
Ao passar a palavra para Marun, o parlamentar saiu em defesa de Cunha. Para ele, o presidente da Câmara foi transformado “no alvo principal das denúncias que se referem ao tal do petrolão”. O deputado ainda disse que Cunha sofre tentativa de “execração pública” fruto de “vazamentos seletivos”.
PublicidadeTambém em defesa de Cunha, o deputado João Gualberto (PSDB) acusou o Psol de ser “um partido auxiliar do PT” e Ivan de “pegar no pé do Cunha”. O deputado do Psol retrucou de imediato, mandando o peessedebista “calar a boca”.