Fábio Góis
Chegou ao fim a greve de fome do suplente de vereador Aroldo Pinto de Azeredo, do município de Itiúba (BA). Iniciada ontem (quarta, 27), o ato tinha o objetivo de sensibilizar senadores a apressar a votação da Proposta de Emenda à Constituição 047/08, a chamada PEC dos Vereadores (leia mais).
Aroldo explicou ao Congresso em Foco o motivo da suspensão da greve de fome – das “14h12min40” de quarta-feira até “por volta das 18h” de ontem (quinta, 28) ele garante só ter bebido água: alguns senadores se comprometeram a levar a matéria à votação em plenário na próxima quarta-feira (3), com apresentação de emenda que provocará seu retorno à Comissão de Constituição e Justiça do Senado – onde tramitaria em regime de urgência. Ele afirmou que também pesou na decisão o fato de senadores como Gilvam Borges (PMDB-AP), Mão Santa (PMDB-PI) e César Borges (PR-BA) terem ido à tribuna do plenário para fazer “um apelo” pelo fim do ato.
“Para uma coisa essa greve de fome serviu: eu nunca fui tão respeitado pelos senadores como agora”, declarou Aroldo.
Em linhas gerais, a chamada PEC dos Vereadores amplia de 51.748 para 59.791 o número desses cargos no país (diferença de 7.343 – ou 14,1% de ampliação de vagas). A proposta também altera a proporcionalidade de vereadores em relação à quantidade de habitantes em cada município. Assim, os menores municípios (até 15 mil habitantes) teriam nove e os maiores (até 8 milhões) 55 vereadores.
Articulado, Aroldo distribuiu um comunicado “à imprensa do Brasil” por meio do qual agradeceu a atenção que lhe foi dispensada pelos profissionais da notícia. “Gostaria apenas de agradecer a imprensa brasileira de modo geral, pela sensibilidade, bem como pela atitude nobre de socorrer um humilde cidadão em busca de seus direitos.”