Mário Coelho
Em reunião na manhã desta quarta-feira (16), o PDT decidiu liberar sua bancada para a votação do salário mínimo. Os 27 deputados poderão escolher entre os três valores que estão propostos até o momento: os R$ 545 apresentados pelo governo, os R$ 560 defendidos por sindicalistas e parte da oposição e os R$ 600 do PSDB.
“A bancada está liberada”, disse o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical. Ele é um dos defensores dos R$ 560 na Câmara. O temor do governo era que o partido votasse em peso na emenda que aumenta o piso salarial do país. ?A bancada tem posições divergentes, mas não haverá retaliação?, completou o presidente interino do PDT, Manoel Dias, em entrevista à Agência Câmara.
Dias disse que a liberação da bancada não significa infidelidade ao governo e que, apesar de defender as atuais regras de reajuste, o partido é favorável a uma antecipação do valor que será pago no ano que vem para garantir um aumento maior. ?O partido não pede aumento, pede antecipação do percentual para descontar no ano que vem?, disse.
A posição do PDT em liberar a bancada contrasta com a atuação de Paulinho da Força no debate. Ele defendeu que a bancada se posicionasse pelo valor de R$ 560, que tem o apoio das centrais sindicais. Mesmo liberando o voto, os pedetistas vão de encontro com a determinação do governo, que pediu à base aliada que aprovasse o piso de R$ 545.
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