Advogado do PDT, Ian Dias exibiu uma lista de 500 apoios colhida em um cartório da Asa Norte, em Brasília, formada quase exclusivamente por funcionários do Congresso, cujo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis) é aliado de Paulinho. Os pedetistas conferiram os apoios e tomaram quatro declarações por escrito de funcionários que dizem nunca terem assinados as listas. Entre eles, petistas com cargos comissionados e ligações estreitas com o Palácio do Planalto. Paulinho da Força afirma que será oposição à presidente Dilma Rousseff.
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Além disso, o juiz eleitoral da 415ª Zona Eleitoral de São Paulo, em Suzano, Rodrigo Carvalho, afirmou em despacho que todas as conferências de assinaturas resultaram em fraudes. “A presunção da boa fé foi quebrada”, disse o magistrado.
Com base nisso, o PDT argumenta que o processo todo do Solidariedade está viciado e que o partido não poderia ter seu registro aceito simplesmente porque, descontando-se as firmas fraudadas, ainda assim haveria os 491 mil apoios necessários. Ian Dias disse que Paulinho fazia listas de presença com base no cadastro dos sindicatos. E quem assinava os apoios? “Esse é o problema”, disse ele, em entrevista ao Congresso em Foco.
Na semana passada, os ministros do TSE, por quatro votos a três, decidiram conceder o registro para o Solidariedade. A maioria, entre eles Toffoli, foi contra o parecer do relator, Henrique Neves, que defendia a rejeição do pedido. Para Neves, as suspeitas de fraudes impediam a autorização para o partido funcionar. No entanto, a tese contrária era que, mesmo descartando as assinaturas supostamente forjadas, o Solidariedade tinha conseguido cumprir os critérios previstos em lei.
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