O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou, no início da noite desta terça-feira (30), a decisão do partido em apoiar a reeleição de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara. "A decisão do PDT dá respaldo ao Aldo porque o partido não negocia favorecimentos ou cargos, mas faz uma opção programática. Essa nossa decisão abre perspectiva do bloco ter presença com visão voltada para a área social e de esquerda", afirmou.
Entretanto, a posição ainda deverá ser confirmada em uma nova reunião da bancada, que será realizada amanhã (31), na Câmara dos Deputados. O que se negocia nos bastidores, no momento, são algumas reivindicações do PDT para anunciar o apoio.
Na reunião também ficou decidido a participação da legenda no bloco que conta atualmente com PCdoB, PSB e PV. Até às 12h de amanhã (31), deverão anunciar a provável adesão o PMN, PAN e PSC. Caso seja confirmado com todos esses partidos, o "bloco da coalizão" contará com 88 parlamentares.
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“Deliberamos participar do bloco de coalizão e automaticamente formalizamos o apoio a Aldo Rebelo”, afirmou Lupi.
Os parlamentares discutem também a formação da nova mesa diretora e a distribuição dos cargos. “É uma disputa natural e segue a proporcionalidade”, afirmou o pedetista.
Último a saber
Pela manhã, o adversário petista de Aldo na disputa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), havia afirmado que precisava "separar um tempo" para fazer uma visita aos pedetistas a fim de estabelecer um acordo. A preocupação mostrou-se muito tardia, uma vez que as negociações entre PDT e Aldo estavam bem encaminhadas há pelo menos uma semana.
Após o anúncio da bancada pedetista, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), tentou minimizar o fato e afirmou que Chinaglia não contava com os votos daquela legenda, mas apenas aguardava pelo apoio. (Ricardo Taffner)
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