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O documento faz uma analogia ao caso de Delcídio do Amaral (sem partido-MT), que foi preso e cassado após a divulgação de áudios em que articulava para obstruir o trabalho dos investigadores da Lava Jato. A representação contra Delcídio foi relatada por Telmário Mota.
No texto, o PDT cita as gravações das conversas entre Jucá e o ex-senador Sérgio Machado e diz que “há um claro propósito de que o novo governo, com o vice-presidente Michel Temer, resolva os ‘problemas’ que a ‘Operação Lava Jato’ acarretou à classe política tradicional no Brasil”.
Romero Jucá minimizou da denúncia feita pelo partido, principalmente por ter sido apresentada por Telmário Mota, seu adversário direto em Roraima. “Senador que pede minha cassação tem esposa condenada e foragida. Ela é alvo da Operação Gafanhotos e é condenada em 2ª instância a 6,5 anos”, escreveu Jucá em sua conta no Twitter. Ontem (segunda, 23) logo depois de anunciar seu afastamento do Ministério do Planejamento, Jucá também atacou Telmário e disse que ele “deveria entregar sua mulher, que está foragida”.
A mulher de Telmário é a ex-deputada estadual Suzete Macedo de Oliveira. Ela foi condenada pela Justiça Federal a seis anos e oito meses de reclusão pelo envolvimento no esquema de desvio de dinheiro público conhecido como “escândalo dos gafanhotos”. O esquema desviou R$ 70 milhões dos cofres públicos por meio do cadastramento de funcionários fantasmas na folha de pagamento do governo de Roraima.
Agora, o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), decide se aceita ou arquiva o processo, em um juízo de admissibilidade do qual cabe recurso.
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