Reeleito em outubro do ano passado, Maluf só teve a certeza de que assumiria o cargo dois meses depois, quando escapou da Lei da Ficha Limpa. Ele havia sido barrado devido a uma condenação por improbidade administrativa relativa ao superfaturamento de obras durante a gestão na prefeitura, entre 1993 e 1996. Na análise do recurso, os ministros entenderam que a condenação não havia sido enquadrada como dolosa, o que afastaria o efeito da Ficha Limpa. A ficha do deputado, porém, continua suja no exterior. Na lista da Interpol, não pode entrar em vários países. No Brasil, ficou detido preventivamente por 40 dias em 2005, acusado de ocultar de provas e coagir testemunhas. Em 2012 a Justiça da Ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico, o condenou a devolver R$ 45,8 milhões à Prefeitura de São Paulo por desvios de dinheiro nas obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho. Em razão da conduta como governador e prefeito de São Paulo, é réu em quatro ações penais (461, 477, 863 e 968) por crimes eleitorais e contra o sistema financeiro, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Na análise da Ação Penal 863, no ano passado, o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou a PGR a iniciar repatriação de R$ 53 milhões das contas do deputado.
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