O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou hoje (10), em entrevista a emissoras de rádio, que os cortes no Orçamento da União sairão dos três Poderes, mas obedecerão a proporcionalidade das despesas de cada Poder.
“Se o Judiciário tem 5% do Orçamento, me parece razoável que ele tenha 5% dos cortes, dentro do que possa ser cortado”, disse o ministro acrescentando que os cortes vão “doer” e que o maior prejuízo ficará com o Executivo, que responderá a cerca de 90% da redução de despesas.
Apesar de admitir que as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não são intocáveis, o ministro garantiu que a intenção inicial do governo é de manter as metas previamente estabelecidas como prioridades.
“O que existe são as nossas prioridades. Quando você fala do PAC, você vê as regiões, os governadores falando. Por isso dizemos que não vamos mexer no PAC, a não ser que não tenha como não tocar. O que existe é o equilíbrio do Orçamento, isso sim é intocável”, disse ele, acrescentando que se não houver dinheiro para a execução das obras, eles terão que cortar.
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Paulo Bernardo também afirmou que o governo não pensou em um plano alternativo para o caso do Supremo Tribunal Federal declarar a inconstitucionalidade do pacote fiscal decretado por Lula e disse acreditar que o STF "não vai dar provimento a essas ações". Mas, caso o governo perca, a possibilidade possível seria aumentar os cortes nas despesas. “Vamos ter que discutir alternativas, talvez tenhamos que cortar 30 bilhões”.
Além disso, o ministro voltou a dizer que os ajustes salariais para os servidores públicos está suspenso. (Soraia Costa)
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