Defensor do Estado mínimo e contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à legalização das drogas e ao aborto, o candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, não é um homem de meias palavras. Gosta de frases prontas e se define como legítimo representante da fatia conservadora do eleitorado. “Mais Brasil e menos Brasília na vida do cidadão brasileiro”, repete.
“Em minhas intervenções [na campanha], enfatizei a defesa da família. Demonstrei que as sociedades são fortes com famílias fortes. E afirmei que nosso foco é a família, que tem que ser preservada, pois, lamentavelmente, o atual governo tem trabalhado fortemente por sua deterioração”, diz.
Em entrevista ao Congresso em Foco (assista abaixo a parte da entrevista e clique aqui para ler a íntegra), o presidenciável promete reduzir o número de ministérios e, atendendo ao clamor dos prefeitos que querem mais dinheiro, rever o pacto federativo. Diz que sua meta é reduzir a inflação a zero. Carioca, 58 anos, pastor e atuário, Everaldo Dias Pereira também é vice presidente nacional do seu partido.
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Instado a responder como governar com uma base partidária reduzida, considerando que o PSC não conseguiu se coligar com outras legendas na corrida presidencial, Pastor Everaldo cita o ex-presidente Itamar Franco, morto em 2011. “Eu tenho um exemplo de governo que é o de Itamar Franco. Ele assumiu o país numa situação difícil e chamou todas as forças representadas no Congresso Nacional”, lembra. Em 2010, ele apoiou a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República.
Em sua proposta mais polêmica, Pastor Everaldo defende a privatização de várias empresas, especialmente a Petrobras, que está no foco de denúncias de corrupção. Ele argumenta que é preciso ampliar a arrecadação para que o Estado possa investir mais em educação, saúde e segurança e diz acreditar que o sentimento de mudança está no centro do debate eleitoral em 2014.
Publicidade“Se você privatiza a Petrobras, jamais vai ter barganha política, o clássico ‘me dá a diretoria do fura-poço’. Então, vamos dizer: ‘você privatizou, colocou para a iniciativa privada; o que é que vai acontecer?’ vai acontecer o que acontece com a Vale do Rio Doce hoje: contribuição de impostos”, diz. De acordo com a última pesquisa do Ibope, divulgada nesta semana, ele tem 1% das intenções de voto.
Confira a íntegra da entrevista do Pastor Everaldo
Confira a íntegra da entrevista de Eduardo Jorge