Seis mil manifestantes e parentes de vítimas do vôo 3054 da TAM, que matou cerca de 200 pessoas ao explodir em Congonhas, organizaram um protesto na manhã de hoje (29) em São Paulo, por conta do caos aéreo em que vive o país. O movimento teve contornos políticos.
Em dado momento, os manifestantes começaram a gritar “Fora, Lula”, segundo a Agência Estado. As palavras de ordem eram tímidas inicialmente. Depois, o tom subiu. “Nas proximidades do Detran, um dos oradores, anunciado como parente de uma das vítimas do acidente, disse que a partir de hoje exigiria responsabilidade por parte das autoridades do país, ‘sem corrupção, sem mensalão’.”
Segundo o portal G1, algumas pessoas se vestiram de preto, usaram flores e fotos dos familiares mortos. Os cartazes tinham mensagens como: “Rrespeito às famílias”, “Solidariedade às famílias”, “Basta”, “Cansei”. Sobre Lula, havia os dizeres: "Presidente Lula, o dia e a hora chegaram. Honra tua faixa presidencial sobre o túmulo do meu marido Andrei. Lili".
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A passeata começou por volta de 9h30 no bairro do Ibiapuera e seguiu até o aeroporto de Congonhas, em trecho de cinco quilômetros. Além das reclamações, os integrantes do protesto fizeram uma homenagem aos socorristas que trabalharam no dia da tragédia, os bombeiros e os agentes da Defesa Civil.
Reunião
Para hoje, estava prevista uma reunião entre o novo ministro da Defesa, Nélson Jobim, e o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. Neste domingo, o ministro deveria conversar com presidente Lula, mas a reunião foi adiada, segundo a Folha Online.
Jobim estuda o funcionamento do setor ainda hoje. O objetivo é se preparar para dirigir sua primeira reunião à frente do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), órgão que, entre outras responsabilidades, dá as diretrizes para a Anac regular o setor aéreo. Nesta reunião, cogita-se que os cinco diretores da agência sejam forçados a pedir demissão. Por lei, eles não podem ser demitidos. (Atualizada às 16h)