No documento endereçado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os deputados do PSOL, Rede, PSDB, PPS e PSB dizem que é preciso avaliar “se o exercício da Presidência da Câmara dos Deputados por um deputado denunciado pelo possível cometimento de crimes no âmbito da Operação Lava Jato não poderia pôr em risco a instrução processual e as investigações criminais conduzidas pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Judiciário do Brasil”.
A petição relata os acontecimentos da última quinta-feira (19), quando seria apresentado aos membros do Conselho de Ética o parecer preliminar do relator do processo contra Cunha, Fausto Pinato (PRB-SP). Aliados de Cunha alegaram que o presidente do colegiado descumpriu normas estabelecidas pelo regimento interno da Casa, e, com o início da ordem do dia, a sessão teve que ser encerrada.
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“Naquele dia, em que haveria a leitura do parecer preliminar pelo acolhimento da propositura, o Deputado Eduardo Cunha valeu-se de manobras tendentes a dificultar o prosseguimento da Representação”, argumentam os deputados no documento.
Os parlamentares afirmam que o peemedebista teria dificultado a viabilização de espaço físico para a realização da reunião do colegiado. Além disso, o presidente da Câmara abriu a ordem do dia antes do quórum de 257 deputados “em horário não usual”, e anulou a reunião do conselho.
“Seu comportamento, até o presente momento, indicou sua disposição de se utilizar do importante cargo que ocupa para rechaçar medidas investigativas e persecutórias contra sua pessoa”, conclui a petição, assinada pelos deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP),Rubens Bueno (PPS-PR), Alessandro Molon (Rede-RJ), Chico Alencar (PSOL-RJ), Arnaldo Jordy Figueiredo (PPS-PA), Elizianne Gama (Rede-MA) e Paulo Foletto (PSB-ES)
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