O ministro das Finanças e diretor do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), Alí Rodríguez, afirmou há pouco que a maioria do povo venezuelano aprovou neste domingo (15) a emenda constitucional que permite a reeleição indefinida para os cargos do Executivo.
Desta forma, caso o resultado de boca-de-urna se confirme, o presidente Hugo Chávez poderá se reeleger quantas vezes for possível em eleições populares. Os primeiros resultados devem sair às 22h30 (horário de Brasília).
Após votar no referendo, Chávez destacou que respeitaria a decisão de seu povo. "Independentemente dos resultados, é a voz da nação que está se expressando." Cerca de 140 mil homens das Forças Armadas venezuelanas e 1,6 mil observadores acompanham o referendo.
Há dez anos no poder, o polêmico presidente terminará seu segundo mandato em 2012. Essa é a segunda vez que o líder venezuelano tenta aprovar a medida. Em 2007, a população da Venezuela disse não a uma emenda constitucional com o mesmo teor da aprovada hoje.
Na sexta-feira (13), o deputado espanhol Luis Herrero foi expulso da Venezuela. Herrero foi convidado por partidos oposicionistas a Chávez para ser observador internacional do referendo. Naquele país, o espanhol criticava o comportamento do governo de Chávez.
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Herrera chegou na madrugada do sábado a São Paulo em um voo comercial da Varig. À Agência Efe, ele afirmou que viveu uma situação “parecida com sequestro”.
“Após ouvir relatos de prefeitos da oposição sobre o medo que existe e as ameaças do presidente Hugo Chávez a seus adversários, disse que esses comportamentos são próprios de uma ditadura e não me retifico, nem me arrependo", afirmou o parlamentar europeu.
De acordo com a presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, as declarações do espanhol foram “ofensivas” e ferem a “dignidade do conselho e a tranquilidade que rege o referendo”. (Rodolfo Torres)