O sub-relator da CPI dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), foi ao Ministério da Saúde nesta quinta-feira buscar documentos que possam reforçar indícios contra suspeitos de envolvimento com a máfia das ambulâncias.
Uma funcionária da Planam, peça central da fraude, informou à Polícia Federal que assessores de parlamentares repassavam, aos sócios da empresa, senhas de uso restrito de prefeituras municipais, fornecidas pelo ministério, para acompanhamento da liberação de emendas orçamentárias.
As prefeituras utilizavam essas senhas para apresentar pré-projetos e requisitar recursos federais. Tendo acesso aos códigos, os próprios sócios da Planam passaram a elaborar propostas, o que permitia maior rapidez na venda de ambulâncias superfaturadas. A ex-assessora do ministério Maria da Penha Lino, integrante da quadrilha, tratava de acelerar o andamento dos processos.
Os documentos em poder do órgão, segundo Sampaio, vão ajudar a detectar se as senhas são de municípios de parlamentares já investigados por suspeita envolvimento na fraude. Caso a tese fique comprovada, esse será, segundo ele, mais um forte indício contra os acusados.
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