Os parlamentares do PT serão co-responsáveis pela arrecadação de recursos dos funcionários petistas de seus gabinetes. É isso que a plenária do 3º Congresso do partido, em São Paulo, aprovou hoje (2), ao final do evento. Os militantes mudaram o estatuto para obrigar os senadores, deputados federais e estaduais e vereadores a exigirem a contribuição dos filiados que trabalham com eles – ou seja, os ocupantes de cargos de confiança.
Hoje, cada petista que ocupa cargo público tem que dar 20% de sua remuneração ao partido. De acordo com o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, atualmente há uma “dificuldade muito grande” de conseguir arrecadar esses recursos. “Com a alteração que acabamos de votar, o parlamentar vai ser responsável também para que haja obediência ao que dispõe o estatuto”, afirmou.
De acordo com a assessoria do partido, quem estiver inadimplente com o PT – seja titular de mandato eletivo ou ocupante de cargo de confiança – vai ser impedido de disputar as eleições pelo Partido dos Trabalhadores.
Código de Ética
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Um dia depois de o presidente Lula dizer aos participantes do 3º Congresso do PT que ninguém tinha mais ética e moral do que partido, os militantes aprovaram a criação de um Código de Ética. "O partido tem um Conselho de Ética, mas não tem um código. Como o partido que sempre buscou renovar a prática política brasileira, é preciso superar essa lacuna", afirmou o deputado José Eduardo Cardozo (SP), segundo comunicado da legenda.
A corrente do parlamentar ainda defendia a criação de uma corregedoria, até porque o PT e o governo Lula foi um dos centros do escândalo do mensalão. Mas a discussão foi adiada para o 14° Encontro Nacional do PT, que só acontecerá em 2009.