“Vamos continuar conversando com todos os partidos. Mais do que nunca é hora de pensarmos no Brasil, no consenso, no equilíbrio. Dessa forma vamos construir saídas. Essa não foi a primeira vez e não vai ser a última. Se há uma exigência em relação ao que o parlamento deve fazer é exigir que converse para encontrar saídas. Mais do que nunca é hora de construir convergência em torno do interesse nacional”, disse Calheiros.
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Renan justificou os encontros como uma forma de mediar o diálogo diante das crises que o país enfrenta. Disse não poder dizer que faz parte do governo pela posição que ocupa, o de comandante do Poder Legislativo. De acordo com ele, a “posição mais adequada para o presidente do Congresso é de isenção”. “Não participarei do governo enquanto estiver no cargo”, considerou.
“Temos que ser o poder moderador para sair da crise. Qualquer sinalização que houver com relação ao posicionamento da legenda pode piorar ou melhorar a crise. Acredito que é hora de o PMDB reafirmar a sua independência em relação ao Brasil. É hora de priorizar o interesse nacional, pensar em votar a Agenda Brasil, a Ponte Para o Futuro, apresentar saídas, formulações, e colaborar”, encerrou o senador.
Gesto de bancada
Ao finalizar a sessão plenária desta quinta-feira (10), o presidente da Câmara ponderou que o encontro realizado por políticos do PSDB e PMDB na noite de ontem não foi um “gesto partidário”, mas um “gesto de bancada” já que apenas parlamentares peemedebistas do Senado estiveram na reunião. O encontro noturno uniu os partidos e mostrou toda a faceta de camaleão dos peemedebistas. Dirigentes dos partidos afirmaram que “vão trabalhar juntos para encontrar uma saída”. Agora, a expectativa está na Convenção Nacional do PMDB, que vai discutir se a legenda continua ou não na base do governo.
Publicidade“Nós estamos sempre conversando com todo mundo, não vejo nada demais. Política é feita para conversar”, disse Cunha. O presidente acrescentou que acredita na necessidade de debater “o rompimento e a independência” do partido. “Esse tema dificilmente deixará de ser discutido. Estamos em um momento que o PMDB precisa decidir a sua manutenção, que tipo de relação quer ter com o governo. Não dá pra gente virar as costas e fingir que não está acontecendo nada”, finalizou.
Sobre a convenção do partido, o Renan apontou que existem vários cenários a serem discutidos e que o PMDB, por representar um dos “pilares da governabilidade”, tem que ter muita “responsabilidade para não aumentar a crise política já instalada no Brasil”.