A visita do Papa Bento XVI ao Brasil – ele desembarca hoje à tarde em São Paulo – não vai atrapalhar os trabalhos na Câmara, afirmou o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) há pouco. E isso incluí a possível votação ainda nesta quarta-feira do aumento dos rendimentos de deputados, senadores, presidente e vice-presidente da República e todos os ministros.
O projeto está pronto desde abril, inclusive com o índice de reajuste já determinado. O aumento será baseado na inflação medida pelo IPCA nos últimos quatro anos, um total de 28,53%. Dos atuais R$ 12.847,20, o salário dos parlamentares passa para R$ 16.512,09. O projeto da Mesa Diretora da Casa prevê aumento retroativo a abril, quando o reajuste foi acertado, mas para começar a valer, ainda depende do plenário.
Arlindo Chinaglia, para quem o reajuste já deveria ter sido votado “há muito tempo”, pediu aos deputados para que a pauta da Casa seja destrancada, possibilitando a votação da proposta ainda hoje. O petista, que vai a São Paulo recepcionar o papa, disse que faz questão de presidir a sessão que votará o aumento dos parlamentares. Chinaglia volta a Brasília no final do dia. Ele afirmou que os deputados não devem se envergonhar da proposta.
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Se os congressistas aprovarem hoje o projeto que aumenta os próprios salários, o fato não deve ter muita repercussão, pois até domingo, todo o país, inclusive os meios de comunicação, estará voltado para a visita do alemão Joseph Ratzinger, o Bento XVI. (Lucas Ferraz)
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