O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) se encontrou como então deputado federal André Vargas (sem partido), no apartamento funcional do então parlamentar, para tratar de uma parceria da Labogem, com a pasta. A informação consta em uma das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef, conforme a Folha de S. Paulo.
O depoimento ocorreu em março, mas somente foi divulgado agora por conta da prisão de André Vargas. O laboratório é tido como uma empresa de fachada de Alberto Youssef que obteve contratos ilegais com o ministério da Saúde. Padilha, ao saber das primeiras informações da Labogem, no ano passado, determinou a interrupção dos contratos com a pasta com a empresa de Youssef. Além disso, Padilha sempre afirmou desconhecer as relações de Vargas com a Labogem.
Segundo a Folha, “a previsão era que a Labogen arrecadasse R$ 135 milhões por ano, em cinco anos, para fornecer um medicamento ao ministério. Um termo de intenções foi assinado no final de 2013, mas o serviço não chegou a ser prestado”.