Em sua conta no Twitter, o ministro Eliseu Padilha explicou que “após a nomeação dele (Giles Azevedo) no Diário Oficial, o Palácio da Alvorada pediu a revogação do ato”. Segundo o ministro, Giles seguirá no Ministério de Minas e Energia (MME), onde é funcionário de carreira. A assessoria da Casa Civil explicou ao Congresso em Foco que “o Palácio da Alvorada pediu a suspensão da nomeação de Giles porque ele mesmo decidiu permanecer no MME”. A tendência, porém, é que ele continue assessorando a presidente afastada.
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A saída de Giles faz parte de uma política do governo Temer que pretende reduzir de 35 para 15 o total de funcionários públicos que auxiliam Dilma no período de afastamento da Presidência da República. Aqueles que ficarão devem, ainda, ter os salários reduzidos. No caso de Giles, no governo anterior, seus rendimentos mensais eram de R$ 18.572,45. No novo cargo, ele receberia em média R$ 11.235.
O foco das mudanças são os servidores com DAS-6, considerados os mais altos cargos de confiança da esfera federal e, consequentemente, os que recebem os melhores salários. A ideia é realocá-los em cargos com DAS-5 ou DAS-4, com salários mais baixos. Em média, um servidor DAS-6 recebe R$ 13.974,20, enquanto um DAS-5 recebe R$ 11.235 e um DAS-4, R$ 8.574,70.
As medidas fazem parte de um parecer técnico da Casa Civil sobre os benefícios de Dilma enquanto estiver afastada. O documento também restringiu o deslocamento dela e de sua equipe em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), limitando-os ao trecho Brasília-Porto Alegre, onde moram os familiares da petista. A Casa Civil dará ainda um prazo de cerca de 30 dias para que o Palácio do Planalto devolva os cargos de confiança nomeados por ela para atuar no Palácio do Planalto.
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