Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, o jornalista e escritor Fernando Morais contou que os papéis originais do livro sobre a passagem do ex-deputado José Dirceu pelo Palácio do Planalto, que estava escrevendo, foram furtados. O livro, que já tinha mais de 300 páginas e estava contido em seu computador, foi roubado de sua casa de praia no Guarujá (SP) e, por esse motivo, o projeto acabou. O incidente só veio à tona agora.
Fernando Morais disse que os originais do livro devem ter sido furtados em fevereiro ou março do ano passado. Além do computador, foram levados uma caixa de charutos e um taco de beisebol autografado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Os objetos foram encontrados num terreno na praia da Enseada, segundo a polícia – mas, no computador, havia sido retirada a memória da máquina. O ex-ministro José Dirceu confirmou a história do furto, mas não quis falar sobre o assunto.
"Alguma coisa consegui salvar, porque estava guardada em cartuchos de filmes que gravamos em Cuba, mas os depoimentos estavam gravados lá", afirmou Morais.
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O livro, que seria intitulado "Trinta Meses", começou a ser idealizado logo após Dirceu ter os direitos políticos cassados pelo plenário da Câmara, em novembro de 2005. O ex-ministro dizia que o livro não seria "chapa branca".