Integrantes do PPS fizeram uma conturbada manifestação próximo ao plenário do Senado. Vestidos com hábitos de franciscanos, eles queriam entregar sandálias havaianas aos senadores, em nome do que seria a autodenominada “Ordem de São Calheiros”, menção clara ao epicentro da crise, o senador alagoano Renan Calheiros (PMDB-AL).
Há cerca de duas semanas, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) afirmou existir dentro do PMDB uma “ala franciscana”, numa referência aos senadores da sigla menos prestigiados com cargos na administração federal.
Os seguranças do Senado conduziram os manifestantes à Subsecretaria de Polícia Judiciária, que funciona como delegacia de polícia e fica no subsolo da Casa. Os senadores peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), afastados da Comissão de Constituição e Justiça (CCF) pela cúpula do PMDB na quinta-feira passada, foram ao local para tentar conversar com os manifestantes e apaziguar os ânimos.
Durante o trajeto do plenário até o a subsecretaria, houve muitas agressões e empurra-empurra. Os manifestantes gritavam que o Senado é um “balcão de negócios”, e um deles, Anderson Martins, secretário da Juventude do PPS, acusou os seguranças de agressão física violenta.
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Cerca de uma hora depois, Martins conversou com os jornalistas e afirmou que não houve agressão da Polícia do Senado. "A força foi necessária". (Rodolfo Torres, Camilla Shinoda e Fábio Góis)