A representação no conselho de ética é mais uma ação política da ala oposicionista do partido para constranger os outros seis membros da legenda que são ministros do governo Dilma Rousseff. Nas alegações, os deputados argumentam que a convenção nacional do PMDB realizada no sábado, dia 12, decidiu que nenhum filiado da legenda poderia ocupar cargos no governo Dilma, determinação descumprida por Mauro Lopes. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Quintão (RJ), não considera a moção aprovada pela convenção da sigla uma decisão formal e, por isso, o ministro poderia ir para o governo.
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O PMDB está mesmo dividido. Nesta quinta-feira (17) o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), decidiu sozinho retirar o deputado Altineu Côrtes (RJ) da lista de deputados que compõem a comissão processante do impeachment alegando que a transferência do parlamentar do PR para o PMDB ocorreu apenas na quarta-feira, e que as formalidades na troca de partido não tinham sido cumpridas.
“Eduardo Cunha é um arbitrário. Decide coisas importantes com base nas suas questões pessoais e me retirou da comissão porque sou adversário do prefeito de Itaboraí, Eliseu Cardoso”, disse Altineu. Ele promete entrar na Justiça para garantir sua vaga na comissão processante.
Altineu Côrtes substituiu José Prianti (PA) na comissão do impeachment antes da confirmação dos nomes dos deputados no colegiado e seria um dos membros da comissão processante a favor do governo. O parlamentar foi indicado pelo líder da bancada na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Com a mudança, entra no lugar de Altineu o deputado Leonardo Quintão (MG).
No sentido do rompimento, o presidente do PMDB de Santa Catarina, deputado federal Mauro Mariani, sugeriu uma moção em que parte da sigla obtivesse da direção nacional a interrupção do prazo de 30 dias para o desembarque da base aliada. Com a decisão, segundo a demanda de Mariani, o partido deixaria o apoio ao governo imediatamente.
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