A oposição irá questionar na Justiça as viagens do presidente Lula durante a campanha eleitoral. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse ontem que Lula não irá interromper as viagens mesmo quando se lançar candidato. O presidente deverá percorrer o país sob o pretexto de inspecionar obras, já que está impedido a partir de 1º de julho de fazer inaugurações e lançamentos.
O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse que o ministro “só pode estar brincando com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”. “Tenho certeza que os juízes não irão aceitar essa farsa. A especialidade do presidente Lula é a farsa. Ele primeiro prometeu esperança e agora resolve inaugurar obras que não existem”, disparou.
Aleluia ressaltou que cada viagem do presidente tem um custo em torno de R$ 450 mil a R$ 500 mil para os cofres públicos. “O presidente Fernando Henrique praticamente não viajou quando disputou a reeleição, não fez despesas”, disse.
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), acusou Lula de viajar para “inaugurar buraco e lançar pedra fundamental”. “É um presidente da República que não se dá o respeito. É ridículo o que ele faz”, disse. Para Freire, na campanha de Lula “pode-se esperar de tudo, de truques a frouxidão moral”.
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Segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo, Lula participou neste ano de pelo menos 14 inaugurações ou entregas de obras contra 31 lançamentos e visitas a projetos em andamento, alguns com previsão de entrega para depois de 2010.
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