Os mesmos deputados oposicionistas que se reuniram ontem à tarde com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para pressionar pela instalação da CPI do Apagão Aéreo, devem ir hoje (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o mesmo intuito: querem que a Corte julgue o mais rápido possível o mandado de segurança impetrado pelo Democratas (ex-PFL), a favor da criação de uma CPI para investigar a crise aérea.
Os líderes partidários Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Fernando Coruja (PPS-SC) e Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), mais o líder da minoria, o tucano Júlio Redecker (RS), devem atravessar a Praça dos Três Poderes, rumo ao STF, no meio da tarde.
Os parlamentares do Democratas avisam ainda que vão continuar com a tática de obstruir a pauta, até que a CPI seja instalada. Os também oposicionistas PPS e PSDB, no entanto, optaram por não trancar a pauta da Casa. Acham que há matérias importantes a serem votadas.
“As pessoas estão sofrendo com isso, não é justo. Vamos pressionar sim”, justifica o líder do Democratas, Onyx Lorenzoni (RS).
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STF
Na semana passada, o ministro Celso de Mello determinou o desarquivamento da CPI do Apagão Aéreo, mas encaminhou a decisão final pela instalação ou não da comissão parlamentar de inquérito para o plenário da Corte, que deve julgar o mandado de segurança entre o fim deste mês e início de maio.
A oposição quer que os ministros do Supremo Tribunal Federal julguem o mandado antes. Uma alternativa cogitada na Câmara foi um acordo entre oposição e deputados aliados ao governo, para a instalação imediata da CPI. Apesar de reservadamente admitirem que o STF será favorável à criação de uma comissão parlamentar, os parlamentares governistas dizem que vão esperar a decisão final do Supremo. O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, deu hoje indícios de que o parecer da procuradoria deve ser favorável à instalação da CPI. (Lucas Ferraz)
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