O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) afirmou hoje (13) que vai apresentar na semana que vem ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), o pedido para que a CPI que pretende investigar os repasses do governo federal a Organizações Não-Governamentais (ONGs) seja criada.
O pefelista já recolheu 27 assinaturas, que representa o número mínimo necessário para que um CPI seja instalada. No entanto, Heráclito espera conseguir a adesão de novos senadores como margem de segurança antes de apresentar formalmente o pedido.
"Na terça-feira da semana que vem eu dou entrada com o pedido. Acho que conseguimos pelo menos mais doze assinaturas dos senadores que assinaram o primeiro requerimento de abertura da CPI", afirmou Heráclito.
Alguns senadores da base de apoio ao governo assinaram a lista que pede a instalação da CPI, como os petistas Sibá Machado (PT-AC) e Serys Slhessarenko (PT-MT). O senador José Sarney (PMDB-AP) também assinou o pedido. "Isso mostra que nós tínhamos razão. Precisamos dar início à CPI, e essas denúncias fazem com que a gente agilize o pedido", disse o senador do Piauí.
Para o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), a criação desta CPI é necessária. "Não posso, tendo em vista as últimas eleições, dizer que essas ONGs funcionaram, e muito, em todos os estados do Brasil, a favor do governo, de maneira escandalosa. E eu diria até cínica, como demonstra o Tribunal de Contas da União", afirmou o senador baiano.
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O principal objetivo da oposição é apurar se a ONG Unitrabalho, que tem como colaborador o petista Jorge Lorenzetti, teria recebido mais de R$ 18 milhões da União desde o início do governo Lula. Apesar das 27 assinaturas já recolhidas, a Mesa Diretora do Senado é quem decide sobre a instalação da CPI.