O líder do Democratas na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que vai entrar imediatamente com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para cancelar a decisão do presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou as sessões do impeachment dos dias 15, 16 e 17 de março.
“Este impulso não vai atrapalhar o processo. O deputado mostrou com esta decisão que não conhece o regimento interno”, atacou Pauderney. O presidente interino da Câmara alega que partidos não deveriam ter orientado votos e que o resultado da votação do último dia 17 deveria ter sido publicado por resolução. Plenário aprovou andamento de processo com 367 votos.
Outro partido que vai à Justiça contra a decisão do presidente interino da Casa é o Solidariedade. Segundo o deputado Fernando Francischini (PR), membro titular da comissão do impeachment na Câmara, o partido protocola nesta segunda-feira mandado de segurança pedindo a anulação da decisão do presidente interino sobre a suspensão do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Para o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (PT-BA), porém, a decisão de Maranhão foi acertada. Florence disse que o presidente em exercício deveria incluir na decisão o fato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que presidiu as sessões em questão, estar afastado do cargo por utilizar o mandato em benefício próprio, segundo palavras do Supremo Tribunal Federal. “Todos os atos do ex-presidente devem ser anulados”, disse o líder do PT.
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