O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), protocolou nesta segunda-feira (13) proposta de fiscalização e controle para que o Tribunal de Contas da União (TCU) audite os contratos assinados entre Eletrobras e o consórcio responsável pela construção da Usina Nuclear de Angra 3.
O pedido de auditoria ocorre após revelações de que o diretor da Eletrobras e considerado “homem da Dilma” na estatal, Valter Luiz Cardeal, teria solicitado propina para a campanha presidencial de Dilma Rousseff no ano passado. As informações foram publicadas pela revista Veja.
Segundo a revista, o pedido de propina ocorreu ano passado depois que o consórcio “Una 3”, formado por Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC Engenharia, fechou um contrato para tocar parte das obras da Usina de Angra 3.
Ainda pelas informações da revista, durante a fase de negociação para realizar as obras de Angra 3, a Eletrobras chegou a pedir um desconto de 10% às empreiteiras no valor do contrato. Elas aceitaram uma redução de 6% no valor final da proposta. Conforme a reportagem, Cardeal pediu que “as empresas deveriam doar ao PT a diferença entre o desconto pedido pela Eletrobras e o desconto aceito por elas”. Ao final das negociações, as obras de Angra 3 foram orçadas em R$ 2,9 bilhões.
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“Os contratos de Angra 3, diante destas revelações, merecem profunda auditoria do TCU. Agora entendemos as razões de, em 2008, quando do lançamento do projeto, a estimativa de gastos que era de R$ 7,2 bilhões ter saltado depois para o dobro do valor: R$ 14,9 bilhões”, justifica Bueno no documento protocolado na Câmara. A proposta de fiscalização e controle precisa ser votada pela Comissão de Fiscalização e Controle, antes de ser encaminhada para o TCU.
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