Sem a presença do PSDB, os lideres da oposição na Câmara saíram agora há pouco de uma reunião novamente divididos sobre a estratégia a ser seguida para a instalação da CPI do Apagão aéreo. Leia mais sobre o impasse que começou no último dia 3.
Porém, o único consenso dos oposicionistas é pressionar o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, em um encontro que poderá acontecer ainda hoje (9). O procurador-geral poderia, segundo os líderes, apressar seu parecer sobre a consulta feita no Supremo Tribunal Federal (STF) para criação da CPI. Com o relatório favorável ou não do Ministério Público Federal, o relator da matéria no STF, ministro Celso de Mello, poderia incluir com mais agilidade a discussão na pauta do plenário da corte.
O líder do PPS, Fernando Coruja (SC), e o líder da minoria, Júlio Redecker (PSDB-RS), defenderam o fim da obstrução das votações em plenário mesmo considerando a necessidade de instalação da comissão de inquérito . "Vamos votar logo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para que o governo não use a paralização na Câmara como desculpa para dizer que nada aconteceu", disse Coruja. Para Redecker, o governo é "ineficaz gerencialmente" e mesmo com o PAC nas mãos não terá condições de melhorar as taxas de crescimento do país.
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Já o líder do Democratas, Onyx Lorenzoni (RS), defendeu a continuidade da obstrução, mas disse que ainda vai se reunir com os vice-líderes do seu partido às 17hs de hoje (9) para levar uma posição definitiva aos demais partidos da oposição. "O trabalho de obstrução foi relevante na semana passada. Estamos dando voz às pessoas que se sentem prejudicadas com a crise aérea. O governo tem um forte viés autoritário. Aqui não é a Venezuela", disparou o líder do Democratas. (Lúcio Lambranho)
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