A Câmara aprovou, em votação simbólica, a Medida Provisória 288/06, que elevou o salário mínimo de R$ 300 para R$ 350 desde 1° de abril. Porém, uma emenda, apresentada pelo deputado Pauderney Avelino (PFL-AM) divide as opiniões em plenário. O pefelista sugeriu que, em vez dos R$ 350, o mínimo seja reajustado para R$ 375. A sugestão será votada nominalmente, segundo acordo entre os líderes.
Os partidos do bloco oposicionista – PSDB, PFL, PPS, PDT, PV e Psol – encaminharam a favor da proposta de reajuste. A ala governista – PMDB, PT, PP, PTB, PL, PSB e PCdoB – querem a manutenção do atual valor. A discussão está dividindo os ânimos em plenário.
O líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a oposição age de maneira demagógica porque sugere o aumento mesmo sem saber que não há recursos disponíveis nos cofres da União. "Não dá para sermos demagógicos; a oposição não defendeu recursos para o mínimo na Comissão Mista de Orçamento, mas agora quer um aumento ainda maior", criticou.
O deputado Ronaldo Dimas (TO), vice-líder do PSDB, defendeu a emenda e ressaltou que o aumento de R$ 300 para R$ 350 no salário mínimo já previsto na MP foi viabilizado pelo Congresso, e não pelo governo, que enviou no Orçamento uma proposta de R$ 321. "Agora, o governo quer ganhar prestígio com o aumento negociado aqui", disse.